terça-feira, 14 de maio de 2024
(stargazing)
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
(neblina)
Contive-me para não te escrever. Mesmo querendo saber como estás, se descansaste o suficiente durante a noite e do cansaço acumulado do stress desse teu dia-a-dia. Escrever é tudo o que consigo. Não tenho voz e apesar de levemente solto, o nó que tinha no peito alojou-se na garganta impedindo-me de gritar. Controlo as lágrimas que estupidamente, escolhem-me pelo rosto quando questionada se está tudo bem. Mas não quando falam de ti. Ao falar de ti finjo uma frieza que não tenho, visto a capa dura de quem sabe lidar com o meta verso onde agora estamos. A viver o mesmo dia mas em espaços diferentes. O dia é mais vazio. O telemóvel não notifica a tua presença, aquela em que mesmo em longos períodos de ausência eu apaziguava a saudade. Saudade ao lembrar dos abraços, embalados pelo ritmo cardíaco que desacelerava a cada respiração e que embalava os meus sonhos. Pensava eu, ser um caos total, que havia encontrado calmaria nesse mar que és sem saber da braveza das ondas que trazes dentro. Arrisquei-me a mergulhar sem pensar voltar mas trouxeste-me à costa, à terra firme de onde tanto quero sair. Não sei porque oceanos andas ou o que esperas encontrar, mas continuo ancorada perdida na neblina, embalada pelo rebentar das ondas que entoam no vazio que deixaste.
domingo, 8 de janeiro de 2023
Rascunhos de 2023
sábado, 28 de agosto de 2021
Let your little light shine
Estranho como algumas pessoas se conectam assim, num click. E, mesmo que fisicamente seja apelativo, o caráter sobrepôs se a todo esse brilho.
Não há ponteiros que contabilizem a infinidade de minutos que "perdemos", deitados num tapete, a conversar. A quantidade de vezes que, por entre rostos corados, se sorriu, ou que mesmo em silêncio, era perceptível a vulnerabilidade por de trás de alguns assuntos que, apesar de resolvidos, deixaram (nos) cicatrizes.
Mas é fácil, assim. Expor (nos) quando, do outro lado, está um reflexo daquilo que idealizamos.
E desengane-se quem acha que os mapas facilitam a percepção da distância. Há novas aventuras que, terão de ser feitas individualmente mesmo, que na outra extremidade da excitação, exista um sabor agridoce pelo que ficou.
Mas há corações casa. Então, quando num dia sem rumo, alinha a bússola em direção à costa - e ao farol, que a cada km se ilumina e rasga um sorriso por te ver chegar.
#little light - Amos Lee
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
Yellow flowers
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Fragmentos de um diário #2
"E assim do nada, ele parece querer surgir. E se para uns é fácil identificar, para mim - uma aluada do pior, confesso que é TÃO... difícil de lidar.
É um misto de sentimentos... "Quais borboletas quais quê, eu sinto o zoo inteiro." E se por um lado não há a pressão dos rótulos a definir o que quer que isto seja, há a incerteza de (talvez) nunca poder saber se ele é mesmo real.
Mas tem sido uma viagem e pêras! E que viagem. E que companhia.
Olhando para trás, cresci tanto. Acho que ele me fez olhar as coisas por outra perspectiva. A querer mais para mim e a fazer mais por mim, para que também tivesse algo melhor para oferecer a outro alguém que O quisesse partilhar comigo.
(...)
Descobri que perdemos tanto em não falarmos o que nos vai na alma. Em dizer aquela treta que te passa pela cabeça quando estás simplesmente a observa-lo, enquanto ele se perde em tarefas sem fim. E tu ali ao lado, a esboçar um sorriso com um ligeiro brilho nos olhos sem te aperceberes de tal. O mesmo acontece quando ele te conta mil-e-um histórias com a alegria de uma criança, e saber que aquilo é uma memória feliz, instantaneamente, deixa-te feliz.(...)
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
"you were looking for yourself out there"
Crias justificações para tentar entender o porquê de o caminho estar interrompido. De que fizeste escolhas erradas, disseste algo proibido, de que TU não fizeste por mais... de que o problemas está no teu desenho! Que o projecto que tanto idealizaste cooperar, não era para ti, porque não há futuro. Que foste um pilar importante mas que as bases nunca foram firmes para equilibrar toda a estrutura criada e, daí terem cedido." (estava perdido nos rascunhos)
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Cansei-me de justificar o porquê de ter ficado pelos rascunhos. De achar que diariamente poderia acrescentar um pouco mais e, de que a pouco-a-pouco, a maquete ganharia vida.
Só que não é assim que funciona. Não chega acrescentar quando não se sabe ao certo o que se quer ver projectado. E é ai que temos de reconhecer que nos perdemos na catrafada de sarrabiscos que não saíram do papel.
Todos aqueles papéis - que marcados pelo lápis e pela força da borracha - trago comigo, passam a fazer parte de um diário gráfico; que diariamente me acompanham nesta nova viagem, por terras de ninguém sem destino algum.
Partimos por diferentes caminhos em busca de inspiração pessoal, de novas perspectivas a fim de criar e, quem sabe, realizar algo novo. Tentando não perder o norte nem a essência que se partilhou.
It was supposed to make you feel something."